Informação geral dos entrevistados

Informação geral dos entrevistados

Informação geral dos entrevistados

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As pessoas que participaram da entrevista têm diferentes idades, porém, foram distribuídas por faixa etária, onde 30% têm menos que 25 anos, 26% têm entre 26 e 35 anos, 20% entre 36 e 45 anos, e 24% têm mais que 46 anos.

Entre elas a população masculina foi equivalente a 36%, enquanto a população feminina foi de 58%. Além disso, 38% informaram ser solteiros(as), e 56% casados(as). Considerando a educação e o nível de estudos alcançado por eles, 22% terminaram o ensino fundamental, 32% o ensino médio e 42% estão estudando ou terminaram o ensino superior.

Em relação às informações sobre o trabalho, tarefa fundamental para manter a família, e principalmente para o autossustento, os entrevistados revelaram que 50% têm um trabalho dependente, e 18% informaram que seu trabalho é independente, enquanto 16% indicaram que somente estudam.

E, finalmente, foi considerado o tempo como membro da IASD, onde 30% indicaram que são adventistas entre 1 e 5 anos, 20% disseram que são adventistas entre 6 e 10 anos, 18% mostraram que são adventistas entre 11 e 15 anos e 14% mostraram que são adventistas por mais de 20 anos. Dessa população, somente 2% estudou por mais de seis anos em uma instituição adventista, além disso, 24% estudaram entre 1 e 5 anos em instituições adventistas, e 74% mostraram que não tiveram o privilégio de estudar em uma instituição educativa da IASD.

 

Informação relacionada à visitação pastoral

 

Cerca de 90% da congregação considera que a visitação pastoral é importante, mas somente 66% receberam a visita de um pastor. Quando perguntaram se outras pessoas relacionadas à igreja os visitaram, 16% informaram que outros pastores os visitaram, enquanto 14% disseram que dirigentes da igreja foram os visitantes. E por fim, 16% informaram que os membros da igreja fizeram a visita.

48% aceitam a visita pastoral sem aviso prévio, mas 14% indicam que é necessário avisar antes de realizar a visita pastoral. Quando o pastor vai visitar, 40% indicam que o pastor avisa sobre o objetivo de sua visita, enquanto 16% indicam que não avisa. Na opinião dos entrevistados, 22% indicam que o pastor geralmente visita os membros da igreja. 12% apontam que o pastor visita os dirigentes da igreja, como anciãos, diretores de grupo, tesoureiros; enquanto 10% indicam que os diretores de departamentos são os mais visitados pelo pastor.

Por outro lado, 20% dos membros indicaram que receberam a visita do pastor num momento em que eles estavam passando por problemas familiares, 14% quando tinham problemas espirituais, e 12% receberam a visita pastoral para delegar um cargo na igreja. Porém, em relação ao principal conteúdo da visita pastoral, 24% indicaram que orar por eles foi a razão da visita, enquanto 18% indicaram que o propósito da visita foi encorajar os membros da igreja. E mais, 6% indicaram que a comunhão e os planos da igreja foram o conteúdo da visita pastoral. Após a visita pastoral, 20% se sentiram animados, enquanto 10% se sentiram conformados, comprometidos e felizes.

Em relação a principal limitação para a visitação pastoral, de acordo com os entrevistados, 24% observou que a falta de tempo do pastor é o principal problema. Outro fator limitante, indicado por 18%, é a falta de planejamento do pastor. Além disso, 8% indicaram que é a falta de apoio da comissão da igreja, e 4% indicaram que a principal limitação é a decisão pastoral. 

 

Efeitos da visita pastoral em áreas da mordomia nos membros da IASD

 

A visita pastoral tem efeitos na vida dos membros da igreja14. Assim, 28% dos membros indicaram que a visita pastoral ajudou na fidelidade com dízimos e ofertas, e 20% apontaram que a visita influenciou pouco nesse sentido; no entanto, 30% especificaram que a visita pastoral ajudou no apoio de projetos missionários da igreja.

Em relação ao uso dos talentos, 34% indicaram que a visitação foi oportuna; e nessa mesma linha, 28% indicaram que a visita pastoral afetou o uso de seus talentos no trabalho missionário.

Em relação à fidelidade na gestão do tempo, 40% indicaram que a visita pastoral ajudou muito, enquanto 24% indicaram que foi pouco benéfica. Em referência ao cuidado do corpo, 32% demonstraram que a visita pastoral ajudou muito na administração dessa área, enquanto 18% indicaram que foi de pouca influência. E finalmente, os entrevistados indicaram que a visita pastoral afetou sua motivação para o estudo da Bíblia, afirmado por 38%.

64% da população entrevistada concordam que a visita pastoral está relacionada com a completa mordomia dos membros da igreja, isso é, a mordomia do tempo, talentos, tesouros e templo; nesse sentido 58% indicaram que, mesmo não recebendo a visita pastoral, eles são fiéis na mordomia, no entanto 66% indicaram que desejariam ser visitados pelo pastor distrital, e 58% indicaram que que essa visita fosse programada, ou seja, mostrar o plano de visita do pastor antes de ser executado.

 

Propósito da visitação pastoral

 

Embora seja verdade que cada pastor desenvolve e aperfeiçoa a arte de visitar os membros da igreja procurando o seu bem-estar espiritual, há, no entanto, alguns tipos de visitas realizadas pelos ministros que acabam sendo um atraso para a obra pastoral.15 Na entrevista realizada aos membros da igreja, foi possível notar a falta de um modelo de visita pastoral. Alguns autores têm dado várias sugestões em relação a como realizar uma visita de êxito. No entanto, de acordo com a análise realizada, a seguinte sugestão é apresentada.

A visitação pastoral faz parte da agenda divina para alcançar a salvação das pessoas. É Deus que se apresenta por meio de um instrumento humano para alimentar, cuidar, servir, contar, mostrar misericórdia com os nus, doentes, encarcerados e estrangeiros, para redimir, restaurar e salvar Seu povo.

A visitação pastoral é um ato divino que mostra a misericórdia de Deus para com Seus filhos, e o faz por meio de julgamento pessoal para alcançar Seu propósito.

Quando a visita pastoral é realizada, o ministro deve saber que é enviado por Deus para cumprir um propósito específico. Deve fazer um diagnóstico da vida espiritual do crente e atender as suas necessidades espirituais, ajudando a superá-las para alcançar a salvação. Se o pastor ignora essa etapa, então, por causa de sua negligência, o crente pode acreditar que está bem, quando não está, ou não declarando seu mal caminho, escondendo seu pecado, então o pastor é culpado da perdição desse crente. Para realizar uma boa visita pastoral, é preciso usar uma boa ferramenta16:

 

Nome completo Data de batismo Culto familiar Culto de pôr do sol Devolução dos dízimos Ofertas Pactos Trabalho missionário
1
2
3
4
5
6
7
8
9
Pedidos de oração: 1.
2.
3.
4.

 

Conclusões

 

  1. A palavra hebraica paqad, nos conecta com Deus, ao reconhecê-Lo como Criador e como Salvador. O uso dessa palavra envolve três aspectos na direção divina de Seu povo: (a) visitação, mostrando que Deus cumpre com uma agenda de maneira exata ao conduzir Seu povo, para ouvir o clamor de Seu povo, e trabalhar em direção a sua libertação final do pecado, outorgando e cumprindo promessas para finalizar esse propósito; (b) contagem, mostrando que Deus está contando e identificando Seu povo e Seus líderes; e (c) castigo, mostrando que haverá um juízo sobre os líderes e pastores de Seu povo, que negligenciam a nobre tarefa de cuidar, apascentar, alimentar e cuidar de Seus filhos, fazendo o contrário, negligenciando seu trabalho pelas ovelhas, as quais acabam se perdendo.
  2. A palavra grega episkeptomai, aproxima Deus do ser humano por meio de Jesus, que apresentou o verdadeiro evangelho, que está baseado em mostrar misericórdia por aqueles que mais precisam, como os nus, os doentes, os estrangeiros, os órfãos, as viúvas, os encarcerados etc. Deus, por meio de Jesus, deseja alcançar a redenção de Seu povo, identificando o Messias, libertando Seu povo e oferecendo Seu plano de salvação aos judeus e gentios. Essa obra é uma ação divina para redimir, restaurar, e salvar Seu povo.
  3. Além disso, a pesquisa mostra que metade dos adventistas tem 10 anos ou menos como membros da igreja, e isso indica que é uma população jovem e nova no adventismo.
  4. Ainda continua sendo um desafio para o pastor visitar mais que 50% de seus membros. Somente a quinta parte pensa que o pastor visita os membros da igreja, e a outra quinta parte mostra que o pastor visita somente os membros da comissão da igreja. Mais de 10% afirmam que não gostam de receber uma visita sem aviso prévio.
  5. Os pastores estão atendendo somente 30% de seus membros, e dessa porcentagem, metade afirma que o pastor foi à sua casa para orar por eles e encorajá-los. Menos de 10% indicaram que foi para sua comunhão pessoal ou para ver os planos da igreja. Ainda há muitos membros que não são atendidos pelo pastor distrital.
  6. Em relação à visita pastoral, mais da metade dos membros se sentiram encorajados em devolver seus dízimos, ofertas e usar seus dons para o serviço da igreja. Somente um terço dos membros se sentiu encorajado e confortado pela visita do pastor, o que é preocupante e um desafio; além disso, mais de um quinto mencionou que a visita não foi muito benéfica.
  7. Quase mais de um quinto indicou que o pastor não visita por falta de tempo e planejamento. Mais da metade dos membros mencionaram que estão dispostos a ser fiéis a Deus em devolver os seus dízimos e suas ofertas, mesmo não recebendo a visita do pastor.
  8. A influência é um dom dado por Deus a todos os pastores, se eles não usam para ajudar sua congregação a alcançar a salvação, serão julgados por isso.

 

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NOTAS

  1. Hezekiah Harvey, El Pastor, sus calificaciones y deberes (s/l. e s/f), 35.
  2. Harvey, 33, menciona que “o cuidado das almas é a principal obra do pastor. O pastor é o responsável por um rebanho. É seu dever guiar, apascentar e defender seu rebanho. A ordem divina é: ‘Olhai, pois, por vós e por todo o rebanho sobre que o Espírito Santo vos constituiu bispos, para apascentardes a igreja de Deus, que ele resgatou com seu próprio sangue’ (At 20:28). Para ele, é ser o guia espiritual pessoal e um amigo cristão digno de toda confiança. Nosso Senhor disse, ao descrever o bom pastor: ‘As ovelhas ouvem a sua voz, e chama pelo nome às suas ovelhas e as traz para fora.  E, quando tira para fora as suas ovelhas, vai adiante delas, e as ovelhas o seguem, porque conhecem a sua voz’ (Jo 10:3, 4). Cada membro de seu rebanho é uma alma deixada ao seu cuidado pelo Senhor, se for digno da confiança colocada sobre ele, será ‘como aqueles que hão de dar conta delas’ (Hb 13:17).
  3. Campbell destaca que “uma visita pastoral deve ser definida como um ponto de contato significativo, que cria um momento espiritual intencional, especialmente fora do ambiente próximo a igreja e/ou escola da igreja”. Ver Michael W. Campbell, “The Art of the Pastoral Visiting”, Ministry (julho de 2013), 18.
  4. Ver “Visitaciónepiskopé” επίσκεψη (1Pd 2:12)”. Disponível em https://www.iglesiaenpadrelascasas.org/una-definicion-breve-del-reino-de-los-cielos/item/956-visitacion-episkope-1-pedro-2-12.html (pesquisado em 15 de novembro de 2015).
  5. William A. VanGemeren, ed., The New International Dictionary of Old Testament Theology and Exegesis (Berrien Spring, MI: Zondervan, 1997), 5:667.
  6. Horst Balz e Gerhard Schneider, eds., Exegetical Dictionary of the New Testament (Berrien Spring, MI: Eerdmans, 1992), 2:33, 34.
  7. A vocação pastoral [visitas] de Paulo é um conceito, denominado na realidade, como a evangelização, conceito desenvolvido em Arthur L. Teikmanis, Preaching and Pastoral Care (Englewood Cliffs, NJ: Prentice-hall, inc., 1964), 24. Além do mais, não é suficiente ter uma vida de grande fé em Jesus. A fé precisa ser nutrida, sustentada e alimentada. Para ver um conceito mais amplo, consultar em H.M.S. Richards, Sr., Feed My Sheep (Washington, DC: Review and Herald, 1958), 2017.
  8. Um estudo excelente sobre o papel de Paulo e suas implicações para as igrejas atuais, pode ser encontrado em Tyler C. Arnold, “Pastoral Visitation: Reflections on Paul’s Work and Wisdom for the Church Today”. Disponível em https://www.doxology.us/wp-content/uploads/2015/04/Collegium-paper-Pastoral-Visitation-2014-JM-EDITS-FINAL-CLEAN.pdf (pesquisado em 10 de novembro de 2015).
  9. Ibid.
  10. Crescer em sabedoria e crescimento pessoal. Visitar outras pessoas muitas vezes revela inadequações na vida do visitante, já que se refere aos anciãos ou pastores. Ver mais em Chor-Kiat Sim, “Nine Blessings of Pastoral Visitation”, Elder’s Digest (abril-junho de 2014), 7. 
  11. Jonas Arrais, Se busca un buen pastor (Buenos Aires: Asociación Casa Editora Sudamericana, 2011), 86.
  12. Colin Brown, ed., New International Dictionary of New Testament Theology (Grand Rapids, MI: Zondervan, 1986), 1:188.
  13. Para um conceito mais abrangente, ver Cristian Gonzales, “El verdadeiro significado de la visitación-Episkopes” Estrategias 12/2 (2014), 67, 68.
  14. Para mais detalhes, ver John Todorovich, “Importance of the Ministry of Visitation”, Ministry (junho de 1957). Disponível em https://www.ministrymagazine.org/archive/1957/06/importance-of-the-ministry-of-visitation (pesquisado em 10 de novembro de 2015).
  15. Quando um pastor negligencia os pecados do povo e não os corrige, é culpado desses pecados. Para entender melhor a proposta, ver Gonzales Yupanqui, “El verdadeiro significado de la visitación-Episkopes”, 69, 70.
  16. Para obter mais detalhes sobre o uso dessa ferramenta, ver Cristian Gonzales, “La visitación pastoral como método eficaz de crecimiento integral de los membros de iglesia”, Estrategias 13/1 (2015): 145-155.