A IGREJA e as Mídias Sociais

A IGREJA e as Mídias Sociais

As mídias sociais revolucionaram a forma como as pessoas se relacionam umas com as outras. É possível reencontrar gente que estava distante pelo tempo e pelo espaço. Uma palavra que representa muito bem isso é a conectividade.

As mídias sociais conectam pessoas e ideias. Somando os números de usuários do Facebook nos diferentes países da América do Sul, são mais de 100 milhões de contas (atualizado 2017: 105 milhões de contas somente no Brasil).

Ao observar o fenômeno das redes sociais e como é possível se comunicar com tantas pessoas em tão pouco tempo e de forma tão pessoal, conclui-se que essa é uma ferramenta que não pode ser desprezada.

Além de ser uma forma de se comunicar com os membros, a presença nas redes sociais de instituições da Igreja Adventista do Sétimo Dia tem se mostrado como um meio eficiente de evangelismo. Tenho escutado diferentes testemunhos de como as mídias sociais foram usadas para levar esperança a quem precisava.

Muitos líderes de igrejas estão usando esse meio para mobilizar as pessoas em causas e projetos sociais. Há o compartilhamento de grandes ações e movimentos missionários da igreja e conteúdos edificantes.

Mas, por outro lado, existe também o uso inadequado desses recursos que, sob a desculpa de se estar fazendo algo relevante e construtivo, é fácil perder o foco naquilo que não é saudável e que muitas vezes nem é cristão.

Pensando nisso, selecionei alguns pontos que considero interessantes e importantes quanto ao nosso uso pessoal das redes sociais, especificamente pensando nos líderes, porque você não deixará de ser ancião ou de transmitir a sua influência a outros por estar em um ambiente virtual.

O que não deve ser feito nas mídias sociais?

Cuidado com a exposição pessoal. Um fato relevante que as mídias sociais nos mostram é que algumas pessoas aprenderam a não conseguir mais aproveitar os bons momentos e guardar apenas para si, sem antes compartilhar com toda a sua rede de contatos. Eu sei que existem muitos que gostam de acompanhar a vida pessoal dos outros, mas um líder espiritual deveria se resguardar mais.

Não brigue ou demonstre nervosismo em suas postagens. Palavrões e compartilhamentos de imagens de campanhas tornam-se poluição visual a quem vê e ao mesmo tempo enfraquecem sua imagem como líder.

As mídias sociais também não servem para ficar dizendo como você é legal e inteligente. Não fique se auto elogiando e nem dando repercussão a elogios que você recebe. Lembre-se que em nossa liderança espiritual quem deve ser exaltado é o Senhor.

Aprendi também que não devemos publicar algo em um estado altamente emocional ou sem ter tempo para considerar as suas palavras ou se deve ser ou não compartilhado. Depois que algo é publicado, mesmo se for apagado depois, marcas fi carão porque alguém copiou, leu ou encaminhou para outros.

Não gaste mais tempo em redes sociais do que você gasta em se comunicar com as pessoas fisicamente. Há pessoas que ostentam milhares de amigos e seguidores, mas sentem-se solitárias. O mundo virtual jamais substituirá o mundo real.

Como utilizar as redes sociais?

Promova o bem, divulgue iniciativas interessantes e úteis aos outros. Seja sempre positivo ao invés de negativo, cínico, crítico e irônico.

Seja natural, verdadeiro e autêntico. Como líder eclesiástico, mesmo em seu perfil pessoal, você está representando a sua igreja, quer queira ou não.

Use as mídias sociais para compartilhar partes da Bíblia, citações reflexivas, sua percepção sobre o capítulo do dia do projeto “Reavivados por Sua Palavra” (http://reavivamentoereforma.com/rpsp/).

As mídias sociais podem ser usadas para comunicar rapidamente informações importantes e oportunas. E, por último, como influente na igreja, lembre-se que você deve ser uma fi gura respeitada, então procure sempre responder às pessoas com palavras confortantes, sábias e com a autoridade que vem das mãos do Senhor.