Discipulado na pós-modernidade

Discipulado na pós-modernidade

Constantes mudanças estão ocorrendo em nossa sociedade nas últimas décadas, especialmente após a Segunda Guerra Mundial. Áreas como filosofia, artes, cultura, tecnologia têm sofrido transformações acentuadas. Obviamente, a igreja, sobretudo em sua razão de existir, não escaparia a tais mudanças. Teólogos discutem como enfrentar o tsunami de desafios trazidos pelo cenário atual embriagado pelo pós-modernismo. Como discipular pessoas de uma sociedade que rejeita absolutos? O que fazer para desconstruir o conforto ilusório que o relativismo traz em sua bagagem? Como discipular os “discipulados”, isto é, os que já são cristãos?

O olhar preocupado da igreja para os desafios a ela postos não é sem razão. O pós-modernismo é visto como um grande desafio para o avanço do cristianismo, especialmente pelas questões levantadas no parágrafo anterior: o relativismo epistemológico e a pluralização religiosa. Diante dessa realidade, propomos nesse texto uma breve olhada ao passado, no qual constataremos que desafios “insuperáveis” sempre acompanharam a missão da igreja; verificaremos se o cenário proposto pelo pós-modernismo também oferta oportunidades e, veremos os meios para o discipulado que podem ser usados com o objetivo de superar o paradigma corrente.

 

Olhando pelo retrovisor

Os primeiros cristãos encontraram grandes desafios para cumprirem a Grande Comissão. Podemos destacar como barreira no contexto político-sócio-cultural “o mau prestígio recíproco entre judeus e romanos” e os “tumultos e desordens” que acompanhavam os pregadores cristãos (ver, por exemplo, At 16:16-23, 17:1-5, 19:23-41). No âmbito religioso, notamos várias opções ofertadas pelas nações aos seus povos, o que certamente poderia ser um estorvo ao nascimento e avanço do cristianismo, afinal, de alguma maneira, muitos já eram religiosos.

A perseguição foi outro fator limitador naquele período. Tão logo os primeiros conversos foram notados, tanto fariseus como saduceus começaram a agir. Eles perceberam que, se permanecessem como meros expectadores dos apóstolos, a influência deles – dos fariseus e saduceus – “estaria em maior perigo do que quando Jesus estivera pregando”. Por isso, Ellen White definiu Jerusalém como “O mais duro campo, o menos prometedor”.

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