Passamos a maior parte do tempo da nossa vida tentando entender os porquês das tristezas, provações e sofrimentos. Não há dificuldades em reconhecer a razão da prosperidade e bonanças da vida, porém o questionamento sobre perdas e adversidades, leva muitos filhos e filhas de Deus a viverem por toda vida sob fortes emoções negativas enquanto procuram respostas. “Jó foi destituído de suas posses terrestres e ferido no corpo de tal maneira que o desprezaram os próprios parentes e amigos; contudo manteve sua integridade” (AA 321.5).
Essa indiscutível integridade não era exatamente porque ele conhecia detalhadamente o que estava se passando nos bastidores de sua vida.
Apesar de viver pacientemente pela fé e receber bênçãos em dobro em relação ao que perdeu, Jó não teve todas as respostas e nem a panorâmica visão que hoje temos de sua vida. Por esta razão, sempre será de suma importância, estudarmos o livro e a vida deste personagem bíblico para encontrarmos respostas aos questionamentos naturais de nossa vida.
É certo também que em algum ângulo dessa história, vamos nos identificar, diante de nossos pequenos e incomparáveis sofrimentos em relação a Jó. “A história dele mostra que o sofrimento é infligido por Satanás, mas Deus predomina sobre ele para fins misericordiosos” (BS 21.3).
Mesmo entendendo parcialmente, nossa fé não deve ser parcial ou condicionada ao bem ou mal da vida. Viver pela fé, sempre será o que Deus espera de nós, enquanto as cenas do grande conflito confluir para um futuro próximo, em que tudo será plenamente elucidado. “Bem-aventurado é o homem a quem Deus disciplina […] porque Ele faz a ferida e Ele mesmo a ata; Ele fere, e as Suas mãos curam” (Jó 5:17-18).
A toda pessoa aflita, Jesus vem com o ministério da cura. A vida de privações, dor e sofrimento poderá ser iluminada por preciosas revelações de Sua presença. (Signs of the Times, 5 de fevereiro de 1902). A certeza da presença de Deus em nossos abrolhados caminhos da vida, nos dará sentimentos nobres e excelentes, nos preparará para o pior da vida ou melhor da trajetória, rumo à eternidade.
Na bagagem do patriarca, podemos aprender sobre o poder positivo ou negativo de nossos amigos ou nossa parentela. Por mais próximos que estiverem de nosso infortúnio ou flagelo, sempre será necessário estarmos atados a uma maior força, um excelso conselho e íntima presença. “Alguns amigos míopes e de curta experiência não podem, com sua visão limitada, apreciar os sentimentos de alguém que tem estado em harmonia íntima com a alma de Cristo com relação à salvação de outros. Seus motivos são mal compreendidos e suas ações mal interpretadas por aqueles que seriam seus amigos, até que, como Jó, ele pronuncia a oração sincera: Salva-me de meus amigos” (T3 509.2).
Ao estudarmos a lição do trimestre, será um adequado e oportuno momento de refletir sobre o comando, influência e controle de nossas vidas. “Deus assume o caso de Jó pessoalmente. Sua paciência tem sido severamente provada; mas, quando Deus fala, todos seus sentimentos banais são mudados” (T3 509.2).
Apesar de vivermos momentos e situações dissemelhantes, Deus tem preparado um emocionante e igual momento para todos os triunfantes miseráveis desta vida. Estude, medite, pense e espere em Deus por este momento.