O Espirito Santo e Atos 2

O Espirito Santo e Atos 2

O Espírito Santo em Atos 2: um Estudo sobre a natureza e o propósito do pentencostes

Érico Tadeu Xavier1

 

Resumo

A questão da natureza e o propósito da atuação do Espírito Santo no contexto de  Atos 2 são discutidos neste artigo para favorecer uma compreensão adequada do tema, desenvolvendo um estudo sobre “o Pentecostes” na visão do Antigo Testamento em consonância com a abordagem do Novo Testamento, descrevendo o cumprimento da profecia em seus contextos remoto e próximo; aspectos da Igreja e sua missão, incluindo fatores sobre o nascimento da igreja neotestamentária e ressaltando a perspectiva missionária do pentecostes. Tais referendos explicitam a ação soberana do Espírito, como sendo uma ação de caráter único e universal, tendo em vista esclarecer a representatividade das línguas, do vento e do fogo, tal como simbolismos do poder divino do Espírito Santo.

 

Palavras-chave: Espírito Santo. Pentecostes. Missão

 

abstract

The issue of the nature and purpose of the action of the Holy Spirit in the context of Acts 2 are discussed in this article to promote a proper understanding of the topic, developing a study on “Pentecost” in a view of the Old Testament in accordance with the approach of the New Testament, describing the fulfillment of prophecy in its remote and close contexts; aspects of the Church and its mission, including factors about the birth of the New Testament church is and emphasizing the missionary perspective of Pentecost. Such referendums explicit the sovereign action of the Spirit, as an action of universal and unique character, in order to clarify the representation of languages, wind and fire as symbols of divine power of the Holy Spirit.

 

Keywods: holy spirit. Pentecost. mission.

 

introdução

O presente artigo tem como objetivo mostrar que o batismo do Espírito Santo, o dom de línguas e a edificação da igreja, em Atos 2, foram necessários como meio e não como fim do propósito fundamental de Deus para a igreja e o mundo, pois a natureza e o propósito do pentecostes são eminentemente missionários (BOER, 1961).

1 Doutor em Teologia pelo Programa Doutoral Latino Americano – PRODOLA. Professor no Seminário Adventista Latino Americano de Teologia – SALT/IAENE.

A Bíblia Sagrada (1999), em Lucas, preparando o cenário para apresentá- lo desta forma diz em Atos 2. 5: “Ora, estavam habitando2 em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu”.

Antes de analisar o pentecostes propriamente dito, será apresentado um panorama geral da festa, incluindo a sua finalidade e o que ela representava, ressaltando aspectos contextuais relevantes no Antigo e Novo Testamento bíblico.

O Pentecostes no antigo testamento

No livro de Levítico capítulo 23, acham-se registradas as festas e santas convocações ordenadas pelo Senhor. São sete ao todo. Três delas são as grandes festas do ano – a páscoa, o pentecostes, e a festa dos tabernáculos. Sobre as três festas, A Bíblia Sagrada (1969) declara:

“Três vezes ao ano todo varão entre ti aparecerá perante o Senhor teu Deus, no lugar que escolher, na festa dos Pães asmos, e na festa das semanas, e na festa dos tabernáculos. Porém, não aparecerá vazio perante o Senhor” (Dt 16:16).3

Além da páscoa, do pentecostes, da festa dos tabernáculos e do dia da expiação, havia três outras, isto é, a festa das trombetas, que tinha lugar no primeiro dia do sétimo mês, a festa dos pães asmos e a festa das primícias (Lv 23:24, 6, 9-14; Ex 12:17 e Nm 28:17).

As duas últimas mencionadas celebravam-se conjuntamente com a observância da páscoa, mas são positivamente indicadas como distintas daquela (Ex 12:12, 15 e 17; Nm 28:16-17; Lv 23:9-14).

A páscoa era observada no décimo quarto dia do primeiro mês, a   festa dos pães asmos começava no décimo quinto dia do mesmo mês, e os primeiros frutos eram movidos no dia dezesseis (Lv 23:5, 6 e 11). As três primeiras festas vinham assim no primeiro mês do ano. As últimas três no sétimo mês: a festa das trombetas no primeiro dia, o dia da expiação, no décimo dia, e a festa dos tabernáculos, no décimo quinto (Lv 23:24, 27 e 39). A de pentecostes vinha entre esses dois grupos de festas, cinquenta dias a contar do “dia seguinte do sábado”, o quer dizer o dia dezesseis de abib, o primeiro mês. Isso traria o pentecostes a última parte do terceiro mês do ano judaico, ou nosso maio ou junho (Lv 23:15-16).

3 As duas palavras utilizadas para designar “festas” e “santas convocações” diferem de maneira significativa em sua significação. Hag, que se aplica especialmente às três festas mencionadas a cima, quer dizer “uma ocasião de regozijo, uma festa”. Moadeem indica de preferência ocasiões designadas, observâncias, ou reuniões solenes. Um exemplo seria o Dia da Expiação, que não era uma festa em qualquer sentido da palavra, mas uma santa convocação (Lv 23:26-32).2 O termo habitando significa hospedados no original.

O Pentecostes vinha cinquenta dias depois da apresentação do molho movido no dia 16 de abib. Na Bíblia Sagrada (1999), encontra-se: Daquele dia “contareis cinquenta dias: então oferecereis nova  oferta de manjares    ao Senhor. Das vossas habitações trareis dois pães de movimento: de duas dízimas de farinha serão, levedados se cozerão: primícias são do Senhor” (Lv 23:16-17).

Como era apresentado o molho movido no princípio da colheita, antes que coisa alguma da nova produção fosse usada, assim vinha o pentecostes ao fim da ceifa de todo grão, não somente da cevada, como no caso do molho movido, representando o jubiloso reconhecimento por parte de Israel, de sua dependência de Deus como doador de todas as boas dádivas. Desta vez não era molho que se apresentava, mas dois pães de farinha movidos, cozidos com fermento, juntamente com “sete cordeiros sem mancha, de um ano, e um novilho, e dois carneiros” (Lv 23:17-18). Isto era acompanhado de um bode para a expiação do pecado, e dois cordeiros de um ano por sacrifício pacífico (Lv 23:19).

Na celebração da páscoa, era particularmente recomendado que não se devia comer nem ter nenhum fermento. No pentecostes deviam-se apresentar dois pães, e se recomendava: “levedados se cozerão” (Lv 23:17). O molho movido é “Cristo as primícias”. Ele era sem pecado. O pão não é criação imediata de Deus, em parte é obra do homem. É imperfeita, misturada com fermento. Mas é aceita. Movia-se “perante o Senhor, com os dois cordeiros: santos serão ao Senhor, para o uso do sacerdote” (Lv 23:20).

O Pentecostes simboliza o derramamento do Espírito Santo. Como os pães se ofereciam cinquenta dias depois do molho movido ser apresentado, assim havia justamente cinquenta dias entre a ressurreição de Cristo, e o derramamento do Espírito no pentecostes (At 2:1-4). Quarenta desses dias, Cristo passou na Terra instruindo e ajudando os discípulos (At 1:3). Depois, ascendeu ao Céu, e por dez dias os onze discípulos continuaram em oração e súplicas até se cumprir “o dia de pentecostes”. Com este, veio a plenitude do Espírito.

Propósitos do Pentecostes de atos 2

Não é difícil percebermos que o relato do Pentecostes por Lucas teve dois propósitos fundamentais, sendo que o primeiro é mencionado para balizar e dar respaldo ao segundo. O primeiro propósito trata do contexto próximo e remoto da profecia bíblica e seu primeiro cumprimento. O segundo tem a ver com a inauguração da igreja neotestamentária e sua missão no mundo. A Profecia e seu cumprimento em atos 2 (contexto Remoto)

Dentre as passagens bíblicas do Antigo Testamento que profetizam o derramamento do Espírito Santo em Atos 2, a mais conhecida é a de Joel 2:28-32, justamente porque é a ela que Pedro faz menção na primeira parte de seu discurso em Atos 2:14-21, para explicar o pentecostes do Espírito aos que simplesmente não o entenderam ou zombaram dos que falavam em outras línguas, chamando-os de embriagados.

Em consonância com o exposto White (1990, p. 40) diz que Os sacerdotes resolvidos a atribuir o poder miraculoso dos discípulos a alguma causa natural, declararam estarem eles embriagados por terem bebido demais do vinho novo preparado para o banquete. Alguns dos mais ignorantes dentre o povo creram na acusação, mas os mais inteligentes sabiam que isso era falso; e os que compreendiam as diferentes línguas testificavam da correção com que eram usadas pelos discípulos.

Utilizando o texto da Bíblia Sagrada (1999), no livro de Joel, Pedro diz: Então se levantou Pedro, com os onze; e, erguendo a voz, advertiu-os nestes termos: Varões judeus e todos os habitantes de Jerusalém, tomais conhecimento disto e atentai nas minhas palavras. Estes homens não estão embriagados, como vindes pensando, sendo esta a terceira hora do dia. Mas o que ocorre é o que foi dito por intermédio do profeta Joel: E acontecerá nos últimos dias, diz o Senhor, que derramarei o Meu Espírito sobre toda a carne; vossos filhos e vossas filhas profetizarão, vossos jovens terão visões, e sonharão vossos velhos; até sobre os meus servos e sobre as minhas servas derramarei do Meu Espírito naqueles dias, e profetizarão. Mostrarei prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra; sangue, fogo e vapor de fumo. O sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e glorioso dia do Senhor. E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. (At 2:14-21).

São evidentes algumas semelhanças entre a passagem de Joel 2:28-32 e a de Atos 2:14-21. Por exemplo: nos dois casos o Senhor derrama o Espírito Santo sobre a comunidade reunida de Israel. No pentecostes os judeus da Dispersão estavam reunidos em um só lugar. Em seu discurso, Pedro afirma que após Jesus ressuscitar dos mortos, Ele foi exaltado à direita de Deus e “tendo recebido do Pai a promessa do Espírito Santo, derramou (evxe,ceen ) isto que vedes e ouvis” (At 2:33). O verbo evxe,ceen vem de evkce,w (derramar) e é o mesmo usado pela LXX na tradução de “Eu derramarei” de Joel 2:28-32.

Pedro se utilizou da profecia de Joel, e não da de outro profeta do Antigo Testamento, porque em Joel a profecia acerca do derramamento do Espírito Santo é uma das mais completas do AT.

A citação de Pedro segue a LXX, mas com algumas pequenas alterações para adaptar a profecia ao seu contexto. Marshall (1985), em seu comentário de Atos, alista quatro temas importantes da profecia de Joel em Atos 2.

 

O primeiro tema da profecia, e o principal, segundo Marshall, é que Deus está para derramar o Seu Espírito sobre todos os povos, isto é, sobre todos os tipos de pessoas (judeus e gentios), e não apenas sobre os profetas, reis e sacerdotes, como nos relatos do Antigo Testamento.

Um segundo elemento da profecia é a ocorrência de sinais cósmicos do tipo que se associa com os quadros apocalípticos do fim do mundo (Ap 6.12). Aqui, podemos notar que Pedro alterou a expressão de Joel: “prodígios no céu e na terra”, para prodígios em cima no céu e sinais embaixo na terra. Os sinais seriam provavelmente o dom de línguas e os vários milagres de cura que logo passariam a ser narrados. O que dizer, porém, dos prodígios?       Se não aceitarmos que a referência diz respeito aos sinais cósmicos que acompanharam a crucificação (lc 23.44-45), então teremos que entender  que Pedro antevê os sinais que anunciarão o fim do mundo. Estes ainda são futuros e pertencem ao “fim” dos últimos dias, e não ao “começo” deles, que estava se realizando.

O terceiro elemento na profecia de Joel é o evento do qual estes sinais são a prefiguração. Para Joel, é claro, o Senhor era o próprio Javé. Para Pedro e Lucas surge a pergunta: Senhor, aqui, não significa implicitamente Jesus? Isto porque em Atos 2:36 Jesus será declarado Senhor.

Em quarto lugar, a profecia de Joel termina com uma promessa no sentido de que aquele que invocar o nome deste Senhor, isto é, apelar a Ele, pedindo socorro, será salvo. Para os cristãos, certamente, se tratava de procurar em Jesus a salvação (cf. Em 10:13,14; 1Co 1:2). Reconhece-se que, se Pedro citou o texto em hebraico, haveria clara referência a Javé, e, portanto, a aplicação  a Jesus ficaria clara somente àqueles que ouviam ou liam o texto em grego (MARSHAL, 1985).

A Profecia e seu cumprimento em atos 2 (contexto próximo)

Na concepção de Barcley (1981), João Batista antecipou de modo vívido o que aconteceria em Atos 2. Lucas relata em seu Evangelho que João pregava assim: “Eu, na verdade, vos batizo com água, mas vem o que é mais poderoso que eu, do qual não sou digno de desatar-lhe as correias das sandálias; Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Lc 3.16; cf Mt 3.11). Para o Autor, a palavra fogo nesta passagem refere-se ao pentecostes, mas também ao juízo final.

Mais tarde, no final de seu Evangelho, Lucas volta a tratar daquela mesma promessa, agora dita pelo próprio Senhor Jesus. “Eis que envio sobre vós a promessa de Meu Pai; permanecei, pois, na cidade, até que do alto sejais revestidos de poder” (Lc 24.49). E o Cristo exaltado derramou o Espírito Santo prometido que Ele recebeu de Deus Pai (At 2.33).

Contudo, o contexto mais próximo que se pode ter do Pentecostes está exatamente no capítulo 1 do segundo livro de Lucas:

E, comendo (Jesus) com eles (Seus discípulos), determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, a qual, disse ele, de mim ouvistes. Porque João, na verdade, batizou com água, mas voz sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. Então, os que estavam reunidos lhe perguntaram: Senhor, será este tempo em que restaures o reino a Israel? Respondeu-lhes: Não vos compete conhecer tempos ou épocas que o Pai reservou pela sua exclusiva autoridade; mas recebereis poder, ao descer sobre voz o Espírito Santo, e sereis minhas testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria a até aos confins da terra (At 1:4-8).

Jesus ordenou aos Seus discípulos que não se ausentassem de Jerusalém enquanto não recebessem o batismo do Espírito. Só podemos entender adequadamente esta ordem à luz de seu contexto histórico. Após a Sua ressurreição, Jesus instruiu os discípulos a retornarem à Galiléia (Mt 28.10; Mc 16.7). E eles prontamente o fizeram, por duas razões. Em primeiro lugar, eles teriam a oportunidade e vê-lo novamente na Galiléia, segundo prometera (Mc 14.28). Em segundo lugar, eles não estavam nem um pouco interessados em permanecer em Jerusalém, o lugar onde os judeus mataram Jesus e que eles, os discípulos, também estariam correndo perigo de morte.

Jerusalém, o lugar onde Jesus concluiu seu ministério terreno, seria agora o ponto de partida de uma nova era. Dali, no dia de Pentecostes, Ele enviaria a Sua igreja como primícias e testemunha de tudo o que Ele disse e fez, isto é, “que em seu nome se pregasse arrependimento para remissão de pecados a todas as nações, começando de Jerusalém” (Lc 24:47).

Por isso, mais tarde, logo após a ascensão, os discípulos fizeram imediatamente o que Jesus mandou. Retornaram do Monte das Oliveiras para Jerusalém, e quando ali entraram subiram ao cenáculo, local onde o Senhor celebrou a páscoa. Lucas diz que no cenáculo “Todos estes (os onze, At 1:13) perseveraram unânimes em oração, com as mulheres, com Maria, mãe de Jesus, e com os irmãos Dele” (At 1:14). Certamente havia entre eles uma grande expectativa naquilo que estava para acontecer (Marshal, 1977).

A igreja e sua missão

De acordo a perspectiva da missão a cumprir-se pela Igreja, assim como a visão missionária apresentada por ocasião do pentecostes, são descritas a seguir a inauguração da igreja do Novo Testamento, com as probabilidades visualizadas pelo pentecostes e os aspectos simbólicos das línguas, do vento e do fogo.

O nascimento da igreja neotestamentária

O tempo entre a ascensão de Jesus e a espera dos discípulos para o derramamento do Espírito Santo foi curto, de apenas dez dias. Nas palavras de Jesus, o Pentecostes ocorreria “não muito depois destes dias” (At 1:5).

O contexto da inauguração da igreja neotestamentária não poderia ser outro. Estavam presentes em Jerusalém judeus piedosos “vindos de todas as nações debaixo do céu” (At 2:5).

Era impossível para a  maioria  dos  judeus  comparecerem  a  todos  os três festivais a cada ano, visto que eles estavam amplamente dispersos pelo mundo. No entanto, um número considerável vinha a Jerusalém para adoração nas três ocasiões. Uma vez que a viagem pelo Mediterrâneo era mais segura ao final da primavera, quando o Pentecostes era celebrado, esta festa normalmente trazia muita gente para a cidade de Jerusalém. Sua população, que normalmente era de cinquenta mil habitantes, chegava a quase um milhão nesta época do ano.

Lucas relaciona, em Atos 2:9-11, quinze nações do mundo antigo. Estavam pessoas das mais diversas origens: partos, medos, elamitas, capadócios, do Ponto, da Ásia, da Frigia, da Panfília, do Egito, de partes da Líbia, Cirene, Roma, e ainda cretenses e árabes. E assim, “No dia de Pentecostes, Cristo, através do poder do Espírito Santo, abre as portas e envia os discípulos para o mundo” (BARRO, 2002, p. 111), cumprindo-se o que se lê em Atos 1:8, que eles receberiam o poder e iriam atuar como testemunhas para a disseminação da palavra.

Quadro1: nações demonstradas no Pentecostes

O quadro a seguir ressalta as nações demonstradas no pentecostes:

 

Povos Características
 

Partos

Região sudeste do Mar Cáspio, que nos tempos do Novo Testamento alcançava até o Rio Eufrates. Os partos eram os sucessores dos antigos persas e tornaram-se adversários dos romanos.
Medos Povo indo-europeu que habitava a área ao sudoeste do Mar

Cáspio.

 

Elamitas

Povo que habitava Elam, o distrito ao norte do Golfo Pérsico, próximo à parte inferior do Rio Tigre e ao sul da região dos medos.

 

 

Judéia A área na qual se encontrava Jerusalém.
Capadócia Um território na parte leste da Ásia Menor, ao sul de Ponto e oeste da Armênia.
 

Ponto

Era, originalmente, o nome do Mar Negro, mas veio a designar a área da fronteira deste mar na parte nordeste da Ásia Menor.
Ásia Era a província romana da Ásia Menor, formada em 133

a.C.

Frigia Era a maior área no centro da Ásia Menor.
 

Panfília

Era um distrito costeiro na região sul da Ásia Menor, a leste

da Lícia e oeste da Cilícia, ao sul da Psídia.

 

Egito

Um antigo país no continente africano, lar dos antigos faraós.
Partes da

Líbia   e

Cirene

Era um território na costa norte da África, cuja capital era Cirene.
Roma Este é o nome de uma cidade e não de um território, o único local que não estava na área leste do Mediterrâneo.
 

Cretenses e árabes

Do oeste (habitantes da ilha de Creta) e do leste (povos do deserto da Síria, a oeste da Mesopotâmia e leste de Orontes, e da península limitada pelo Golfo Pérsico, Oceano Índico e Mar Vermelho).

Fonte: Adaptado de BARRO (2002, p. 111).

 

Não se sabe ao certo porque Lucas omite em sua lista as nações que obviamente deveriam ser mencionadas, como Grécia, Macedônia e Chipre. Contudo, a intenção primordial do autor está bem evidente, isto é, enfatizar que as boas novas transcendem as barreiras lingüísticas e que aqueles representantes das nações certamente voltariam para suas terras anunciando os efeitos poderosos de Deus.

A Perspectiva missionária do Pentecostes

O Pentecostes é o ponto alto da sequência de eventos relacionados à morte, ressurreição e ascensão de Jesus. É por isso que para Lucas o Pentecostes possui um significado prático e dinâmico, traduzido em termos de nascimento e missão da igreja neotestamentária.

Lucas apresenta o pentecostes como o início da missão mundial da Igreja, visto que igreja e missão são partes inseparáveis na mente do Espírito. Por isso, a implementação do programa de Atos 1.8 dependia do Pentecostes. Aqueles que testificaram os efeitos do derramamento do Espírito Santo e ouviram o evangelho pregado por Pedro, representavam “todas as nações debaixo do céu” (At 2:5). E a lista, como já vimos, incluía um vasto panorama das nações do Mediterrâneo oriental (At 2:9-11).

O caráter missiológico de Atos 2 é facilmente percebido pela importância que Lucas dá ao Pentecostes. O Pentecostes está no começo de um novo livro escrito por ele e não no final de sua primeira obra. Não seria exagero dizer que pela posição do Pentecostes em Atos, Lucas atribui a ele um valor e importância semelhantes ao nascimento de Cristo no início de seu Evangelho, ou mesmo a algo como o relato da criação no início de Gênesis. Concordamos com Kistemaker (1990, p.90), quando diz: “Depois da obra da criação de Deus e a encarnação do Filho de Deus, a descida do Espírito Santo no Pentecostes é o terceiro maior ato divino”. Tal afirmação corrobora para uma compreensão adequada do evento.

Línguas, vento e fogo

Lucas deixa claro que os “galileus”4 (no caso os apóstolos e outros que estavam na casa) de Atos 2.7 falavam as línguas das nações presentes naquela festa (At 2:6-11). Atos 2 apresenta a enorme diferença entre o verdadeiro dom de línguas manifestado entre os discípulos de Jesus e o falso dom de línguas defendido pelos pentecostais de hoje.

A concessão do dom de línguas relatada em Atos 2 foi a maravilhosa capacitação dos discípulos para cumprirem a ordem de ir e pregar o evangelho a todo o mundo (Mt.28:19). O grande desafio era o seguinte: como homens simples (os discípulos) poderiam pregar o evangelho para pessoas de diferentes nacionalidades, reunidas para a festa de pentecostes?

4 Um estudo interessante do termo “galileus” em Atos 2.7 pode ser encontrado em C.S.Mann, Pentecosts in Acts. In: MUNCK, Johannes (ed.). Anchor Bible: The Acts of the Apostles. New York: Doubleday & Co., 1967, p. 271-275

White (1990, p. 39, 40), responde ao dizer que: “Durante a dispersão, os judeus tinham sido espalhados por quase todas as partes do mundo habitado, e em seu exílio tinham aprendido a falar várias línguas. Muitos desses judeus estavam, nessa ocasião, em Jerusalém assistindo às festas religiosas que então se realizavam. Cada língua conhecida estava por eles representada. Esta divergência de línguas teria sido um grande embaraço à proclamação do evangelho; Deus, portanto, de maneira miraculosa, supriu a deficiência dos Apóstolos. O Espírito Santo fez por eles o que não teriam podido fazer por si mesmo em toda uma existência.”

Concordando com o exposto Nichol (2001, p. 141), comenta que: “Para a festa de pentecostes tinham se reunido em Jerusalém, peregrinos dos quatro pontos cardeais… Estes judeus da diáspora entendiam suficientemente o hebraico… mas possivelmente não estavam em condições de entender o arameu idioma cotidiano dos discípulos”.

Note que essas outras línguas não eram estranhas, pois os representantes dos vários idiomas, ali presentes, entendiam perfeitamente o que os discípulos diziam: “Todos os temos ouvido em nossas próprias línguas… (At 2:11)”. Esse é o verdadeiro dom de línguas. Outro detalhe importante é que, em Atos 2, a palavra grega para línguas é glw/ssa. Ela também é encontrada em Atos 10 e 19, com o significado de línguas de nações.

Em Atos 2:6 é mencionada a confusão das pessoas, ao que tudo indica, buscando ao discípulo que estava falando o idioma que lhes era conhecido. E, ao perceber que os galileus, de fato, estavam falando em vários idiomas, a multidão ficou maravilhada (At 2:7). O fato de os onze discípulos terem se colocado em pé, quando Pedro começou a explicar o fenômeno, provavelmente em aramaico (associando-o a profecia de Joel 2), evidencia que estavam traduzindo as palavras de Pedro para os diversos idiomas ali representados. Além disso, ao final do sermão as pessoas perguntaram a Pedro e aos demais apóstolos: “Que faremos irmãos? (At 2:37)”. Foi Pedro quem pregou. Por que então os outros apóstolos tiveram que responder à pergunta da multidão? Cada grupo linguístico, naturalmente, perguntou ao apóstolo que estava traduzindo o sermão para o seu idioma.

Em sua sabedoria, Deus viu que aquele era o momento oportuno para levar o evangelho a várias nações, e concedeu o dom necessário no momento certo. Logo, o dom de línguas foi concedido com um propósito evangelístico (At 2:37-39), Pois para White (1990, p. 40, 48), os discípulos agora podiam proclamar as verdades do evangelho por toda a parte, falando com perfeição a língua daqueles por quem trabalhavam… Daí por diante, a linguagem dos discípulos era pura, simples e acurada, falassem eles no idioma materno, ou numa língua estrangeira… As boas-novas de um Salvador ressuscitado foram levadas até as mais longínquas partes do mundo habitado.

De acordo com Gonzales (1986, p. 156), “Sons e enunciações ininteligíveis sempre foram características do paganismo, e hoje são comuns nas reuniões espíritas, nos candomblés e centros umbandistas. Ali são faladas também línguas estranhas.”

Para Xavier (2011), ao contrário do que aconteceu no Pentecostes (quase três mil pessoas convertidas) de acordo com Atos2:41, as chamadas línguas estranhas dos pentecostais não têm nenhum fim evangelístico, pois são faladas entre os próprios crentes de uma mesma nacionalidade.

Quanto à natureza, propósito e conteúdo das línguas faladas em Atos 2 é importante observar Marshal (2000, p. 357), afirmando que “a história ensina que línguas humanas inteligíveis são significativas, não as línguas ininteligíveis como as frequentemente encontradas na glossolalia moderna ou como as que usualmente pensam-se terem sido faladas em Corinto”. Considerando ainda que o propósito principal dos dons do Espírito concedidos à igreja era a missão, e não especificamente a edificação particular da igreja ou dos seus membros individuais.

E qual o significado do vento e do fogo em Atos 2? O vento simboliza o Espírito Santo. O som do vento denota poder celestial e seu aparecimento repentino revela a inauguração de algo sobrenatural.

O fogo era o cumprimento da descrição de João Batista do poder de Jesus: “Ele vos batizará com o Espírito Santo e com fogo” (Mt 3:11;Lc 3:16). No Antigo Testamento o fogo é frequentemente um símbolo da presença de Deus para indicar santidade, juízo e graça (Ex 3:2-5; 1 Rs 18:38; 2 Rs 2:11). Em Atos 2 o fogo se dividiu em línguas de fogo que pousaram sobre cada um dos crentes presentes na casa. Em decorrência disto eles falaram em outras línguas.

Notemos que Lucas tem o cuidado de observar que não foram simplesmente vento e fogo que invadiram a casa, mas sim o Espírito Santo como vento e fogo. Esta foi a maneira que Lucas encontrou para dizer que o que aconteceu naquele dia não tinha nada a ver com fenômenos meramente naturais.

Principais características do Pentecostes

Há pelo menos três características do Pentecostes de Atos 2 que podem ser destacadas:

ação soberana do espírito

Lucas relata nos quatro primeiros versículos de Atos 2 como o Espírito Santo atuou soberanamente naquele dia, em fragrante contraste com a passividade dos que “estavam reunidos no mesmo lugar”(At 2:1). Diz que “de repente, veio do céu um som , e encheu toda casa onde estavam assentados” (At 2:2, grifos nossos). “E apareceram, distribuídas entre eles, línguas, como de fogo, e pousou uma sobre cada um deles” (At 2:3, grifos nossos). “Todos ficaram cheios do Espírito Santo e passaram a falar em outras línguas, segundo o Espírito lhes concedia que falassem” (At 2:4, grifos nossos). Nesta ação sobrenatural do Espírito Santo está evidente o caráter sobrenatural do Pentecostes quando  o Espírito vem do céu e entra na casa com um som repentino como o  vento impetuoso e línguas de fogo que pousavam sobre cada um dos que  ali estavam, ficando todos cheios do Espírito e passando a falar em outras línguas, segundo a concessão do próprio Espírito Santo.

O dom das línguas em Atos 2 nos faz relembrar o ensino de Paulo em 1 Coríntios 12:11? “Mas um só e o mesmo Espírito realiza todas estas cousas, distribuindo-as como lhe apraz, a cada um, individualmente”.

5 ação Única na história

George E. Laad , Teologia do Novo Testamento.2ª ed. (Rio de Janeiro: Juerp, 1986), p. 327, utiliza este mesmo capítulo (1 Co 12) para tecer um comentário importante do significado teológico do batismo com o Espírito em comparação ao Pentecostes de Atos 2. Diz ele: “O significado teológico do batismo com o Espírito não é explicado em parte alguma de Atos,e há apenas uma declaração, em todo o Novo Testamento, neste sentido.Embora isto seja encontrado em Paulo,as  várias extensões  do Pentecostes, relatadas em Atos, podem ser compreendidas à luz desta afirmação: ‘Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos,quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito’ (1 Co 12.13). O batismo com o Espírito é o ato do Espírito Santo reunindo,em uma unidade espiritual, pessoas de diferentes origens raciais e formação social,a fim de que formem o corpo de Cristo – a evkklhsi,a ”.nenhum, é claro. O primeiro Pentecostes, quando o Espírito foi derramado sobre os crentes, foi o único. No entanto, existe um sentido, segundo o qual, estes termos estão corretos.A segunda coisa que aprendemos em Atos 2 é que o Pentecostes foi um ato único na história da humanidade. Naturalmente este é um ponto controvertido, visto que as igrejas históricas o defendem mas as igrejas carismáticas o rejeitam terminantemente. Ao procurar uma definição equilibrada a esse respeito, acreditamos que Pierson; Stott, Bruner & Ladd (1986) fazem uma abordagem adequada ao afirmarem que alguns estudiosos falam de um “Pentecostes samaritano” e de um “Pentecostes gentílico”que sucedeu o Pentecostes de Jerusalém. Não podemos fazer o mesmo de modo o Espírito veio sobre a igreja de Jerusalém para prepará-la e capacitá-la para a sua missão, e a preparou para os próximos passos. O Espírito do Cristo ressurreto continuava a liderar a sua igreja para fora dos limites de Jerusalém e da sua familiar cultura judaica em direção a outros povos, lugares e culturas – até aos confins da terra ação universal. Um terceiro ponto que gostaríamos de destacar é o caráter universal do Pentecostes. Percebemos facilmente a intenção de Deus ao enviar o Espírito Santo numa ocasião em que “estavam habitando em Jerusalém judeus, homens piedosos, vindos de todas as nações debaixo do céu” (At 2:5).

Entre os judeus “vindos de todas as nações” havia também “prosélitos” (At 2.11). Mas isto não é tudo. O caráter universal do Pentecostes fica ainda mais evidente no trecho do discurso de Pedro que diz: “Pois para vós outros é a promessa, para vossos filhos e para todos os que ainda estão longe, isto é, para quantos O Senhor, nosso Deus, chamar” (At :.39; cf. Jl 2:32).

Não sabemos até onde Pedro entendeu que a profecia de Joel  prometia este dom ou batismo do Espírito à todos os crentes. Se tomarmos isoladamente o texto de Atos 10, poderemos concluir que foi somente após aquela experiência em Jope e na casa de Cornélio que Pedro e a igreja de Jerusalém entenderam que “também aos gentios foi por Deus concedido o arrependimento para a vida” (At 11:18).6 Contudo, recordemos que em seu discurso Pedro cita Joel, dizendo: “E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo” (At 2:21). Não esqueçamos que os “prosélitos” de Atos 2:11 eram gentios.

Para Stott & Kuiper (1986), a passagem citada a pouco de Atos 2:39 também parece lançar uma luz sobre a concepção universal de Pedro. Uma referência aos gentios por Pedro é altamente provável, tendo em vista a maneira rabínica de entender a frase em Isaías 57:19 (cf. Ef 2:13,17). Na verdade, na concepção de Ladd (1986, p. 327): “os primitivos cristãos não compreenderam de imediato que era a sua missão proclamar o evangelho em todo o mundo. Eles permaneceram em Jerusalém, e a missão mundial não começou senão quando a perseguição expulsou os elenistas para fora da capital”. De qualquer forma, Lucas, que era gentio, tinha em mente o evangelho para todos os povos quando escreveu Atos 2.

6 É interessante notar que em sua justificativa perante a igreja de Jerusalém em Atos 11 Pedro menciona o Pentecostes de Atos 2 para convencer seus ouvintes.Veja Atos 11.15-18( Publicações Evangélicas Selecionadas, 1976), p. 59-61.

 

Considerações Finais

O pentecostes de Atos 2, no verdadeiro sentido do termo, foi um ato único na história. Não foi o fim, mas o início de uma nova era. A era do Espírito Santo. White (1990, p. 37), comenta que: “Durante a era patriarcal  a influência do Espírito Santo tinha sido muitas vezes revelada de maneira muito notável, mas nunca em Sua plenitude”.

A mesma autora diz que “Antes de deixar os discípulos, Cristo “soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo” (São João 20:22). E continuou: “Eis que sobre vós envio a promessa de Meu Pai” (São Lucas 24:49). Somente depois da ascensão, porém, foi o dom recebido em sua plenitude. Apenas quando os discípulos se renderam plenamente à Sua operação em fé e súplicas, foi derramado sobre eles o Espírito Santo. Então os bens do Céu foram concedidos aos seguidores de Cristo em sentido especial (WHITE, 1990, p. 327).

Favorecendo a compreensão do tema, Xavier (2006, p. 66), propõe que o Pentecostes assinalou o início da dispensação do Espírito Santo mediante Sua “instalação como administrador da igreja em todas as coisas”. Quando Jesus ascendeu ao céu, entregou por inteiro a administração de Sua igreja ao Espírito Santo, até o Seu próprio retorno em glória.

E aquele começo não poderia ser mais extraordinário. Quer seja pela maneira como o Espírito se manifestou; quer seja pelo resultado daquela manifestação. Dos que ouviram a pregação do evangelho naquele dia, três mil foram salvos.

O propósito fundamental do Pentecostes de Atos 2 foi a formação de uma igreja missionária, a comunidade dos chamados para fora. Em Atos, a igreja primitiva não viveria o “mito da vida espiritual interior e individual” ou “narcisismo eclesiástico”. A comunidade adoradora e missionária de Atos estaria voltada para fora de si mesma.

A forma como os cristãos primitivos compreenderam o Pentecostes atesta um fato básico. Sem o Espírito Santo não há proclamação possível e eficaz do evangelho. Não há nem mesmo evangelhos, nem vida em Cristo. Antes do Pentecostes os apóstolos de Jesus eram apenas testemunhas de Sua ressurreição no sentido passivo do termo. A partir do Pentecostes eles, e a igreja como um todo, abalariam o mundo com o testemunho entusiasticamente vibrante de que Jesus concede vida a todos os que nEle crerem. A igreja é empurrada ao mundo, descobrindo de maneira clara que é verdade para o mundo, convencida de que O Espírito não foi concedido tão somente para seu deleite pessoal, mas principalmente para capacitá-la a proclamar que Deus amou o mundo de tal maneira que agora lhes possibilitará a vida em Jesus.

O Pentecostes contempla a criação de um povo missionário formado por homens e mulheres que amam verdadeiramente a Jesus Cristo. O sacerdócio universal dos crentes começa no Pentecostes. E a partir daquele dia todos nós fazemos parte de uma mesma missão. A missão de proclamar, pelo poder e presença do Espírito Santo, as virtudes daquele que nos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz, a saber, Jesus, a esperança da glória.

 

Referências

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