O Pastor e as Finanças Pessoais

Como viver tranqüilo até o dia 31

“O Senhor é meu pastor: nada me faltará.”

Se, de fato, o Senhor é o meu pastor, nada irá faltar. Mas revelo que aceito o pastorado do Senhor em minha vida seguindo atitudes simples que são aplicações de princípios espirituais:

1. Planeje as despesas – Em cada família, deve haver uma lista de necessidades e prioridades, feita pelo casal. Esta lista deve ser seguida. Isto faz com que evitemos as compramos por impulso.

2. Anote todos seus gastos – Anote todos os gastos, analisando-os cuidadosamente. Um dos cônjuges – aquele que sente mais dificuldades em gastar – deve controlar o dinheiro da família.

“Deves anotar o que é usado simplesmente para satisfazer o gosto e cultivar um apetite pervertido, epicurista. O dinheiro gasto em guloseimas inúteis pode ser usado para acrescentar confortos e utilidades substanciais a teu lar”. Ellen G. White, Lar Adventista, 379.

3. Faça poupança – Este dinheiro deve ser calculado e depositado religiosamente no banco, logo no início do mês, na mesma época do dízimo e do pacto. Será usado para enfrentar imprevistos ou comprar os itens planejados (da lista). Procure guardar um pouco mais do que acha que seria possível, e manter guardado o equivalente a três salários, em média. Tirar o dinheiro da poupança para as despesas regulares, é pecado mortal!!

4. Compre à vista – O financiamento deixa você com uma dívida e, por causa dos juros, aumenta o valor a ser pago. Como regra geral, o financiamento é uma forma precipitada de querer desfrutar de uma bênção antes do momento planejado por Deus. (Lembre-se de quanto Abraão foi prejudicado por esse mesmo motivo no caso de Hagar).

Antigamente as pessoas trabalhavam primeiro, para depois ganhar, e só então comprar. Hoje, o consumismo as leva a primeiro comprar, para depois trabalhar, e só então ganhar. Nunca guardam ou economizam. Esta cobiça gera uma espécie de mentira – fingem possuir condições de ter aquilo que ainda não podem adquirir. “Alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmos se atormentaram com muitas dores”. I Tim. 6:10. Desta cobiça-mentira surge a dívida, que por sua

vez gera o estresse (que a Bíblia chama de “inquietação”). É por isso que o sábio aconselha: “Melhor é o pouco com o temor do Senhor do que grande tesouro, onde há inquietação.” Prov. 15:16.

5. Não use regularmente o cartão de crédito – O cartão pode ser útil em viagens internacionais, ou em casos especiais (compras por internet), mas nunca use seu cartão de crédito para despesas regulares, e jamais faça parcelamento o parcelamento do saldo devedor.

6. Não peça dinheiro emprestado nem adiantamentos – “Grande fonte de lucro é a piedade com o contentamento… Tendo sustento [alimento] e com que nos vestir, estejamos contentes”. I Tim. 6:6-8.

7. Confie no Senhor, e não no salário – Nosso sustento vem do Senhor (Sal. 23:1), e não de entradas como o salário. A compreensão deste fato nos leva a não ansiar mais por aumentos de salário, ou a tentar receber mais que é justo em auxílios. Se o dinheiro não vier, Deus supre a necessidade do mesmo modo.

8. Devolva o DÍZIMO – mesmo de entradas extras que porventura você tenha. Peça a Deus para confiar que Ele pode dar muito mais do que você consegue devolver a Ele. É o esvaziar-se do auto-sustento para encher-se do sustento do alto.

9. Faça o PACTO ( pacto é uma oferta regular e percentual em relação às entradas) – Esta é uma forma bíblica de aprofundar nossa dependência de Deus e aumentar a confiança nEle. Deste modo, dependemos cada vez mais do sustento sobrenatural de Deus, e cada vez menos do salário. Isto não diminui em nada nossa qualidade de vida, mas apenas muda a fonte dos recursos. (“Temei o Senhor, vós os seus santos, pois nada falta aos que o temem.” Sal. 34:9. Ênfase suprida.) Imperceptivelmente, nossas prioridades começam a se inverter, e por incrível que pareça, gostamos disso! Em lugar de apenas ficar sonhando em adquirir coisas por aqui, através destas ofertas, transferimos estes recursos para o Céu, onde realmente está a nossa casa. Era isto que Jesus queria dizer quando nos aconselhou a ajuntar tesouros no Céu. Sabemos que a situação politico-religiosa está mudando, e, como pastores, provavelmente estaremos entre os primeiros a perder o salário quando a opressão oficial começar. Quanto antes aprendermos a não depender do salário, melhor. Mas hoje mesmo já podemos saber por experiência que naquela hora, nosso pão e água serão certos.

10. Separe a parte de Deus no início do mês – Faça isto antes de saber se este dinheiro irá faltar ou não no final do mês. Sem dúvida, isto é arriscado. É o risco que correram a viúva de Sarepta, e a viúva pobre. Mas Jesus disse que se buscássemos em primeiro lugar o reino de Deus, todas as outras coisas nos seriam acrescentadas. Ele prometeu!

11. Deixe que sua igreja saiba que tem um pacto financeiro com Deus – Existem muitas maneiras de falar sobre este assunto evitando a atitude de “sou mais santo que você”, isto é, sem parecer pedante. Especialmente eficaz é o testemunho dado nas conversas informais. Lembre-se de que dificilmente alguém vai arriscar mais que o seu pastor.

12. Envolva os filhos e esposa no programa individual de pacto – Procure incentivá-los, “não por força nem por violência”, mas através de testemunhos, mostrando os resultados daquilo que Deus tem feito por você.

13. Procure aumentar periodicamente a porcentagem do pacto – Esta é uma forma de aumentar também a dependência de Deus. Experimente a delícia de ‘viver perigosamente’, atirando-se nas mãos de Deus. E o risco? É zero! “Os leõezinhos sofrem necessidade e passam fome, porém aos que buscam o Senhor bem nenhum lhes faltará.” Sal. 34:10 (ênfase suprida).

14. Participe ativamente da adoração com sua oferta – Procure não esquecer de levar a oferta aos cultos. Além da adoração em si, esta atitude tem valor educativo. Sempre existe alguém nos olhando.

15. Adore durante o recolhimento das ofertas – Procure encarar o momento da oferta como uma oportunidade para a adoração, e nessa hora, faça uma oração de gratidão a Deus pelo sustento recebido. A adoração fortalece nossa confiaça em Seu poder.

16. Envolva também a família na adoração com as ofertas – Além da oferta do culto, procure planejar as coisas de modo que os filhos também levem a oferta da Escola Sabatina.

“Acaso não o cercaste com sebe, a ele, a sua casa e a tudo quanto tem? A obra de suas mãos abençoaste, e os seus bens se multiplicaram na terra.” Jó 1:10.