Muitas crianças são ensinadas desde pequenas a resolver suas pequenas “crises” com comida. Biscoitos, salgados, doces ou até frutas deixam de ser alimento para servir de “sossega-leão” ou distração para as que incomodam. Mas isso as torna ainda mais “hiperativas” (pelo menos os pais pensam que elas são hiperativas). Como a coisa não se resolve, algumas chegam até a ser medicadas, quando, na verdade, precisavam apenas da mãe!
E vão assim vida afora, já na vida adulta, com o caráter distorcido, assaltando a geladeira (e à farmácia) cada vez que as coisas não vão bem. É a comida que virou mãe e que acalenta, porque talvez a mãe se omitiu e se substituiu por alimento (hoje muito mais disponível do que ela)! Como resultado, a saúde se deteriora, e por isso o todo piora ainda mais, o que leva a ainda mais assaltos. despensa… Por fim, a vítima se vê presa de hábitos formados na infância. Descobre-se como sendo extremamente fraca em força de vontade e domínio próprio, e essa incapacidade de negar-se, de exercer abnegação e domínio-próprio, de dizer não para si mesma, . estendida para outras áreas da vida, como a profissão, os estudos, a sexualidade, relacionamentos, etc. E a auto-estima vira um farrapo…
Culpa da mãe, que por sua vez aprendeu aquilo de sua mãe, que por sua vez… Coitadas! São todas vítimas! Mas alguém, uma delas, em nome de Deus, precisa quebrar esse circulo de miséria, para que o mal não se perpetue nas gerações seguintes! Veja o que diz Ellen G. White sobre o assunto:
“As crian.as são geralmente criadas desde o berço para satisfazerem ao apetite, e são ensinadas que vivem para comer. A mãe faz muito para a formação do caráter dos filhos na infância. Ela pode ensiná.-los a controlar o apetite, ou a serem condescendentes com o apetite, tornando-se glutões. A mãe muitas vezes faz planos para umas tantas tarefas durante o dia; e quando as crianças a incomodam, em vez de tomar tempo para amenizar-lhes suas pequenas mágoas, e distraí.-las, dá-lhes às vezes de comer para que se aquietem, o que responde ao propósito por algum tempo, mas torna consequentemente a coisa pior.
Sobrecarga
O estômago das crianças foi sobrecarregado com alimento, quando não tinha dela a mínima necessidade. Tudo o que se necessitava era um pouco do tempo e atenção da mãe. Mas ela considerou o seu tempo como demasiado precioso para devotá-lo ao interesse das crianças. Talvez o arranjo da casa de maneira atraente que arranque aplausos das visitas, ou o preparo do alimento no estilo da moda, sejam para ela de mais import.ncia que a felicidade, a saúde de seus filhos” (O Lar Adventista, p. 261, 262).
Então, o que fazer? Primeiro, É importante a presença da mãe, presença da mãe e presença da mãe! Filhos precisam de mãe, e que ela não esteja apenas com o corpo presente. Depois, para comer, só na hora certa, e nada, além de água, nos intervalos! Claro, isso não tem nada a ver com o estilo de vida fast food que se impôs por estes dias, e que é amplamente aceito como normal. O princípio de que não se pode (e nem se deve) ter tudo que se quer, e que é muito importante aprender a dizer “não” para si próprio, é um princípio bíblico, que ensina fortaleza de caráter e retidão. Isso faz adultos felizes, realizados e com forte auto-estima. Como disse Salomão, feliz é a terra (ou nação, ou família) “cujos príncipes [autoridades] sentam à mesa a seu tempo [comem na hora certa – NTLH] para refazerem as forças e nÃo para bebedice” (Eclesiastes 10:17).