A missão do Povo da Esperança
A Segunda Vinda de Cristo
Pr. Adolfo Suárez
Introdução
Queridos irmãos e irmãs. Estamos chegando ao fim desta série de sermões, intitulada “Esperança para o Tempo do Fim”. São oito sermões para tratar de temas diretamente relacionados ao Povo da Esperança, a Igreja Adventista do Sétimo Dia: Sua origem, identidade, desafios e missão. O propósito é que sua fé seja fortalecida, sua esperança seja aquecida, e em seu coração se manifeste um forte desejo de envolver-se ativamente na pregação do Evangelho. Afinal, Cristo está voltando, e precisamos nos preparar, preparar nossa família e preparar todas as pessoas para nos encontrarmos com o Senhor.
Convido você a ler Apocalipse 1:7:
Eis que ele vem com as nuvens, e todo olho o verá, até mesmo aqueles que o traspassaram. E todas as tribos da terra se lamentarão por causa dele. Certamente. Amém!
O tema central da escatologia do Antigo Testamento é a vinda de Cristo. Os profetas usam com frequência as expressões “naquele dia” (2Cr 14:9), “naqueles dias” (Joel 2:29), ou, segundo Daniel, “nesse tempo”, quando virá a salvação (12:1). Enfim: o “dia de Yahweh” é aguardado como um acontecimento decisivo na história, com mudanças tanto em nível sociopolítico quanto cósmico. A vinda de Yahweh iniciará uma nova criação, uma nova história.[1]
Mas, que tipo de dia será esse?
(1) Será um dia histórico
A vinda de Cristo é considerada um acontecimento histórico. Ou seja, não é uma vinda além do tempo, mas a incursão de Deus na história. Será a entronização do Soberano que triunfa sobre seus inimigos.
Agora, note que essa vinda já é perceptível na medida em que Deus Se aproxima de Seus filhos quando estes O adoram. Leiamos sobre isso em Êxodo 20:24:
“Façam um altar de terra para mim e sobre ele vocês sacrificarão os seus holocaustos, as suas ofertas pacíficas, as suas ovelhas e os seus bois; em todo lugar onde eu fizer celebrar a memória do meu nome, virei até vocês e os abençoarei”.
Esta vinda histórica será feliz para alguns, mas será terrível para outros.
Vamos ler Isaías 35:4:
“Digam aos desalentados de coração: “Sejam fortes, não tenham medo. Eis aí está o Deus de vocês. A vingança vem, a retribuição de Deus; ele vem para salvar vocês”.
Observe o contraste apresentado em Amós 5:18 a 20:
“Ai dos que desejam o Dia do Senhor! Para que vocês desejam o Dia do Senhor? Será um dia de trevas e não de luz. Será como se um homem fugisse de um leão e lhe saísse ao encontro um urso; ou como se, entrando em casa e encostando a mão na parede, fosse mordido por uma cobra. O dia do Senhor será um dia de trevas e não de luz! Ser um dia de completa escuridão, sem nenhuma claridade!”.
(2) Será um evento culminante
A vinda de Cristo será um evento máximo. Ou seja, a vinda de Cristo será um evento do qual não se pode escapar, e no qual tudo termina, e a partir do qual tudo começa de novo. Todo o planeta será afetado pela vinda de Cristo. Leiamos as palavras de Sofonias 3:8:
“Portanto, esperem por mim”, diz o Senhor, “esperem pelo dia em que eu me levantar para tomar o despojo. Porque a minha resolução é ajuntar as nações e congregar os reinos, para fazer cair sobre eles a minha indignação e todo o furor da minha ira. Porque toda esta terra será consumida pelo fogo do meu zelo.”
(3) Será um dia de juízo
O Senhor vem para julgar Seu povo e para julgar as nações. Por um lado, vem para condenar a infidelidade para com Sua lei, que tem sido tratada com desprezo; vem para restabelecer a justiça. Adultério, estupro, opressão, mentira e violência merecem o respectivo castigo. Ouçamos as palavras do profeta Malaquias:
Virei até vocês para juízo. Terei pressa em testemunhar contra os feiticeiros, contra os adúlteros, contra os que juram falsamente, contra os que oprimem os trabalhadores, as viúvas e os órfãos, torcem o direito dos estrangeiros, e não me temem, diz o Senhor dos Exércitos. Malaquias 3:5.
Por outro lado, o Deus que vem punir, também é o Deus que virá salvar; é o que diz Isaías 59:20: “O Redentor virá a Sião e aos de Jacó que se converterem”, diz o Senhor”.
E COMO ELE VIRÁ? como será a vinda de jesus cristo?[2]
(1) Ele virá de forma pessoal e literal
O Filho do Homem foi embora como uma pessoa, e retornará pessoalmente, com poder e grande glória. Um texto esclarecedor a este respeito é Atos 1:11. Dois anjos afirmam o seguinte:
“Homens da Galileia, por que vocês estão olhando para as alturas? Esse Jesus que foi levado do meio de vocês para o céu virá do modo como vocês o viram subir”.
Em outras palavras, os anjos disseram que o mesmo Senhor que naquele momento os havia deixado – um ser pessoal, de carne e osso, e não uma entidade meramente espiritual – haveria de retornar à Terra. Seu segundo advento será tão literal e pessoal quanto o foi sua partida. Não será um segundo advento espiritual.
(2) Ele virá de forma visível e audível
Se Cristo vem de forma pessoal, então virá de forma visível; como diz Apocalipse 1:7: “Todo olho O verá”.
Jesus advertiu Seus discípulos de que falsos profetas tentariam leva-los a crer numa segunda vinda oculta, velada, misteriosa, um rapto secreto. Nada disso! A vinda de Cristo será como um relâmpago cortando as núvens (Mateus 24:26, 27).
Qualquer tentativa de reduzir o segundo advento de Jesus a um evento invisível e misterioso é contrária ao testemunho de todo o NT. A vinda de Jesus será pública, anunciada pelos sons de trombeta, assim como era anunciada a chegada dos reis do passado (1Ts 4:16; Mt 24:31). Não haverá nenhum segredo, ou nada de rapto secreto, ou nada de vinda espiritual.
Sobre o aspecto audível da vinda de Cristo, 1 Tessalonicenses 4:16 diz o seguinte:
“Porque o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”.
O som da “trombeta de Deus” acompanha a reunião de Seu povo. Nada há de secreto aqui. É audível.
(3) Ele virá de forma gloriosa e triunfante
Sua primeira vinda foi uma vinda de humilhações, mas a segunda vinda será gloriosa. Ele virá com poder e glória, diz Mateus 24:30. Leiamos:
“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem. Todos os povos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória”.
“Como no grande dia da expiação, o sumo sacerdote tirava suas roupas habituais “para a glória e para a beleza” e aparecia vestido em branco imaculado, quando oferecia os sacrifícios pelo pecado e entrava no lugar santo, para interceder pelo povo que aguardava. Do mesmo modo, nosso Grande Sumo Sacerdote colocou de lado as roupas de Sua majestade imperial, quando se inclinou do céu e assumiu Sua vestimenta de carne sem pecado […] Mas como o sumo sacerdote novamente assumia suas vestimentas de escarlate, azul, púrpura e dourada, quando vinha completar sua obra na presença do povo, assim Cristo, quando retornar para [nos buscar], será manifesto em Sua glória divina”.[3]
Além disso, os anjos acompanharão Jesus, diz 2 Tessalonicenses 1:7; será um espetáculo! Há outro detalhe precioso: Jesus Cristo voltará como Rei dos reis e Senhor dos senhores (Apocalipse 19:16). E para completar, Ele virá como vitorioso sobre Seus inimigos (1Coríntios 15:25).
(4) A vinda de Jesus será cataclísmica
Há um texto espetacular a este respeito. 2 Pedro 3:10:
“Porém, o Dia do Senhor virá como um ladrão. Naquele dia os céus passarão com grande estrondo, e os elementos se desfarão pelo fogo. Também a terra e as obras que nela existem desaparecerão”.
Observe: Da mesma forma que o dilúvio aniquilou o mundo antediluviano, assim a segunda vinda de Cristo fará o céu passar “com grande estrondo” e queimará a Terra. Pelo fato de Deus querer estabelecer “um novo céu e uma nova terra”, o fim deste mundo, como o conhecemos agora, será não apenas um fenômeno mundial, mas um fenômeno cósmico.
(5) A vinda de Jesus será súbita, inesperada
Homens e mulheres serão apanhados de surpresa. O Senhor Jesus empregou várias metáforas para advertir os discípulos sobre isso; por exemplo: o ladrão da noite (Mt 24:42-44; Lucas 12:40), e o noivo e as dez virgens (Mateus 25:1-13). O apóstolo Paulo acrescenta a isso a figura das dores de parto de uma mulher grávida (1Ts 5:3).
Longe de sugerir uma segunda vinda secreta ou invisível, essas imagens a anunciam como o início de uma cena de ação de forma súbita e inesperada. Foi por isso que os discípulos receberam a advertência para ficar vigilantes. Vamos ler Mateus 25:13:
“Portanto, vigiem, porque vocês não sabem o dia nem a hora”.
O mesmo conselho é dado em Mateus 24:42. Em Mateus 24:44 Jesus Cristo é mais explícito:
“Por isso, estejam também vocês preparados, porque o Filho do Homem virá à hora em que vocês menos esperam”.
As figuras de linguagem usadas por Jesus e Paulo jamais mencionam o tempo em que o advento ocorrerá: o chefe da casa não sabe quando virá o ladrão; as noivas não sabem quando chegará o noivo; e a parturiente gostaria de saber quando começarão as dores. Ninguém sabe a hora: nem os anjos, nem mesmo o Filho, diz Mateus 24:36; somente o Pai o sabe, de acordo com Marcos 13:32. Os discípulos não foram informados da hora exata. Em Atos 1:6 notamos que os discípulos de Cristo também não sabiam detalhes do dia ou hora.
Apesar disso, Jesus ofereceu sinais que prenunciariam Sua vinda, não para dar margem a se fazerem cálculos para o estabelecimento de uma data, mas para manter os discípulos atentos e despertos. Por isso, é importante estar atento aos sinais.
E QUAIS SÃO os SINAIS da vinda de cristo? [4]
(1) Sinais do mundo natural
– O terremoto de Lisboa, ocorrido em 1 de novembro de 1755, foi conhecido na época como presságio do fim.
– O escurecimento do sol de 19 de maio de 1780 também foi reconhecido como escatológico.
– A queda das estrelas ocorrida em 13 de novembro de 1833 também foi considerado um fenômeno divino.
– Atualmente: Fomes, Terremotos, Doenças, etc.
Cristo concedeu esses sinais com o propósito de alertar os cristãos quanto à proximidade de sua vinda, de modo que pudessem se regozijar e empreender cabal preparo para a mesma. Ele disse: “Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, levantem-se e fiquem de cabeça erguida, porque a redenção de vocês se aproxima”. E acrescentou: “Olhem para a figueira e todas as árvores. Quando veem que começam a brotar, vocês mesmos sabem que o verão está próximo. Assim também, quando virem acontecer essas coisas, saibam que está próximo o Reino de Deus (Lucas 21:28-31).
(2) Sinais no mundo moral
Jesus utilizou duas palavras-chave para descrever a condição moral às vésperas de Sua segunda vinda. Disse que, “por se multiplicar a maldade, o amor se esfriará de quase todos” (Mateus 24:12).
A palavra “maldade” vem do grego anomia, que se refere mais especificamente à ausência de lei, à recusa em reconhecer a autoridade de qualquer lei e, portanto, de viver uma vida orientada somente pelos próprios desejos e paixões. É dessa ilegalidade que emanam todos os desvios em matéria de sexualidade, alimentação, entretenimento e lazer, que as pessoas de hoje praticam em nome da liberdade. Em contrapartida, o Apocalipse elogia aqules que no tempo do fim “guardam os mandamentos de Deus” (Ap 12:17; 14:12).
O segundo termo usado por Jesus em 24:12 é agape, amor, e significa afeição, boa vontade, amor, benevolência. Agape preside as relações interpessoais. Sua ausência resulta em conflitos familiares, como o divórcio, conflito entre as nações, rupturas sociais por meio de exploração, bem como a perda de respeito entre as pessoas. A falta de amor pode assumir formas criminosas, tais como estupro, homicídio, roubo, etc.
(3) Sinais no mundo religioso
O livro de Apocalipse revela o surgimento de um grande movimento religioso de extensão mundial, ocorrendo antes do segundo advento. Na visão dada a João, um anjo que anuncia a volta de Cristo simboliza esse movimento: “Vi outro anjo voando pelo meio do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que habitam na terra, e a cada nação, tribo, língua e povo, dizendo com voz forte: Temam a Deus e deem glória a ele, pois é chegada a hora em que ele vai julgar. E adorem aquele que fez o céu, a terra, o mar e as fontes das águas” (Ap 14:6, 7).
A própria mensagem indica quando ela deveria ser pregada. O evangelho eterno tem sido pregado ao longo dos séculos. Mas esta mensagem, enfatizando o aspecto do juízo dentro do evangelho, somente poderia ser pregada no tempo do fim.[5]
O fato é que o povo de Deus tem sido ativo e está crescendo ao redor do mundo, e isso mostra a atuação direta de Deus em nosso favor. Considere alguns números que mostram o fortalecimento da pregação do Evangelho. Nós adventistas estamos proclamando o evangelho em 216 países. Por crermos que as obras médica e educacional desempenham papel essencial na pregação do evangelho, estamos operando pouco mais 600 hospitais, casas de saúde, clínicas e dispensários, lares para crianças e lares para idosos, 7 aviões e lanchas médicas, 21 fábricas de produtos alimentícios saudáveis, 114 escolas superiores e universidades, 2.050 escolas secundárias, 5.371 escolas fundamentais e 15 centros de mídia. Nossas 63 editoras produzem literatura em 366 idiomas e nossas emissoras de rádio de ondas curtas atingem cerca de 75 por cento da população mundial. O Espírito Santo tem abençoado grandemente o nosso impulso missionário.
Até aqui está claro que Jesus Cristo virá, e que haverá sinais. A seguinte pergunta importante é:
quais as razões para a segunda vinda de jesus? [6]
Nosso Senhor virá para finalizar o plano de redenção, o qual começou antes da fundação do mundo. Estes são alguns dos grandes propósitos do retorno de Jesus:
(1) Jesus virá para reunir os escolhidos
Anjos poderosos reunirão os eleitos de todos os cantos da terra. Leiamos Mateus 24:31:
“E ele enviará os seus anjos, com grande som de trombeta, os quais reunirão os seus escolhidos dos quatro ventos, de uma a outra extremidade dos céus”.
(2) Jesus virá para ressuscitar os mortos
A trombeta que reúne os eleitos também desperta os mortos. 1Tessalonicenses 4:16 diz:
“Porque o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro”.
Será uma visão espetacular: Esses mortos em Cristo sairão das sepulturas numa condição gloriosa, vigorosa e imperecível. Leiamos 1Coríntios 15:52-53:
“Num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade”.
Depois, as pessoas exclamarão: “Onde está, ó morte, a sua vitória? Onde está, ó morte, o seu aguilhão?” (v. 55).
(3) Jesus virá para transformar e receber todos os santos
Os justos vivos conservarão seu corpo humano físico, embora não em seu estado presente. Eles serão transformados. É o que garante Filipenses 3:20-21:
“Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória, segundo a eficácia do poder que ele tem de até subordinar a si todas as coisas”.
Junto aos que estão vivos, os santos ressuscitados serão levados para os ares a fim de formar um alegre séquito para aclamar o Senhor.
(4) Jesus virá para destruir os poderes do mal e os ímpios
Jesus também virá para pôr fim ao sofrimento deste mundo, destruindo aqueles que causam o sofrimento. Afinal, há uma pergunta ecoando no ar. E qual a pergunta? Apocalipse 6:10:
“Clamaram com voz forte, dizendo: Até quando, ó Soberano Senhor, santo e verdadeiro, não julgas, nem vingas o nosso sangue dos que habitam sobre a terra?”
Jesus Cristo responderá a essa pergunta. E qual será Sua resposta? O próprio Satanás será destruído. Apocalipse 20:10:
“O diabo, que os tinha enganado, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde já se encontram a besta e o falso profeta; e serão atormentados de dia e de noite, para todo o sempre”.
É claro que não haverá um tormento eterno; os resultados da destruição é que serão para todo o sempre.
(5) Jesus virá para vindicar a Deus
O problema do mal não será inteiramente resolvido apenas destruindo seu autor. Ao longo da história, o amor de Deus tem sido questionado, daí a necessidade de sua vindicação.
Na segunda vinda de Cristo, os ímpios serão destruídos pelo brilho de Sua presença. Isso sugere que o juízo pós-milenarista não tem como objetivo estabelecer a inocência de uns e a culpa de outros; isso já terá sido decidido. O juízo pós-milenarista tem como objetivo vindicar o caráter de Deus, estabelecendo para sempre um relacionamento perfeito entre Deus e o universo. É necessário demonstrar de uma vez por todas que Deus é amor, misericórdia, justiça, bondade.
(6) Jesus virá para restaurar a Terra
A natureza ficou sujeita à maldição do pecado, e anseia por renovação. É o que está escrito em Romanos 8:19-21. Por isso, Deus precisa renova-la. As boas novas é que os salvos não precisarão fazer nada para renovar a Terra. O próprio Deus criará novos céus e nova terra, conforme está escrito em Apocalipse 21:1.
(7) Finalmente, Jesus virá para restabelecer a comunhão com Deus
A comunhão entre Deus e os seres humanos se acha agora interrompida pele pecado. Mas naquele tempo Deus poderá habitar com Seus filhos e filhas, e os remidos estarão para sempre com Ele. E sabe por que Ele fará isso? Porque nada é mais importante para Deus do que reconciliar todas as coisas consigo mesmo por meio de Jesus Cristo. Vale a pena ler o texto de Colossenses 1:19, 20:
“Porque Deus achou por bem que, nele, residisse toda a plenitude e que, havendo feito a paz pelo sangue da sua cruz, por meio dele, reconciliasse consigo mesmo todas as coisas, quer sobre a terra, quer nos céus”.
Conclusão
A grande pergunta é: como podemos nos preparar para esse dia?
1. Precisamos estudar a Palavra de Deus
“Os que quiserem estar em pé neste tempo de perigo, devem compreender por si mesmos o testemunho das Escrituras”.[7] Por que? Porque “pessoa alguma, a não ser os que fortaleceram o espírito com as verdades da Escritura, poderá resistir no último grande conflito. A hora decisiva está mesmo agora às portas.[8]
Irmãos e irmãs, “Tempos perigosos estão à nossa frente. Todo o que possui o conhecimento da verdade deve despertar e colocar-se inteiramente sob a disciplina de Deus. O inimigo está em nosso encalço. Precisamos estar bem despertos, em guarda contra ele. Precisamos revestir-nos de toda a armadura de Deus. Temos que seguir as direções dadas por meio do Espírito de Profecia. Temos que amar a verdade para este tempo e a ela obedecer. Isto nos guardará de aceitar fortes enganos. Deus nos falou por Sua Palavra. Falou-nos pelos testemunhos para a igreja, e pelos livros que têm ajudado a esclarecer o nosso dever presente bem como a posição que devemos ocupar agora. As advertências que têm sido dadas, mandamento sobre mandamento, regra sobre regra, devem ser levadas a sério. Se as menosprezarmos, que desculpa poderemos apresentar?[9]
2. Precisamos manter comunhão com Deus
Somos o povo a quem Deus constituiu depositário de Sua lei. Por isso, temos o dever de orar com intensidade. O Espírito de Cristo precisa tomar posse de nós, preparando-nos para estarmos em pé no dia do juízo.[10]
Precisamos aprender a orar com a mesma intensidade e o mesmo fervor com que o fez Jacó na noite de angústia. Só quando lutamos desta maneira com Deus nossa vida é transformada, nosso caráter mudado, e portanto, também nosso nome, e obtemos a preparação tão necessária.[11]
3. Precisamos viver em santidade, vencendo as fraquezas
“Se Jacó não se houvesse primeiro arrependido de seu pecado, de obter pela fraude o direito de primogenitura, Deus não teria ouvido sua oração, preservando-lhe misericordiosamente a vida. Semelhantemente, no tempo de angústia, se o povo de Deus tivesse pecados não confessados que surgissem diante deles enquanto torturados pelo temor e angústia, seriam vencidos… Satanás leva muitos a crer que Deus não leva em consideração sua infidelidade nas pequenas coisas da vida; mas em Seu trato com Jacó, o Senhor mostra que de maneira nenhuma sancionará ou tolerará o mal. Todos os que se esforçam por desculpar ou esconder seus pecados, permitindo que permaneçam nos livros do Céu, sem serem confessados e perdoados, serão vencidos por Satanás”.[12]
Ante a perspectiva desse grande dia, a Palavra de Deus, com expressões as mais solenes e impressivas, apela para Seu povo a fim de que desperte da letargia espiritual e busque Sua face, com arrependimento e humilhação.[13]
4. Entreguemos completamente nossa vida a Deus
Neste sentido, as palavras de Ellen White são:
Consagrem-se a Deus pela manhã; façam disto sua primeira tarefa. Seja sua oração: “Toma-me, Senhor, para ser Teu inteiramente. Aos Teus pés deponho todos os meus projetos. Usa-me hoje em Teu serviço. Permanece comigo, e permite que toda a minha obra se faça em Ti”. Esta é uma questão diária. Cada manhã consagrem-se a Deus para esse dia. Submetam-Lhe todos os seus planos, para que se executem ou deixem de se executar, conforme o indique a Sua providência. Assim dia a dia poderão entregar às mãos de Deus sua vossa vida, e assim ela se moldará mais e mais segundo a vida de Cristo.[14]
5. Precisamos trabalhar para Cristo, com total diligência
Irmãos e irmãs. Devemos ser como os servos que esperam seu Senhor, não numa vida ociosa, mas trabalhando diligentemente com fé inabalável. Não é tempo agora de ocuparmos a mente com coisas sem importância.[15]
Que Deus nos ajude, como povo Seu, a compreender a gravidade do tempo em que vivemos, a sentir nossa grande necessidade espiritual, e a procurar de todo o coração uma verdadeira experiência com Deus, que nos habilite a passar triunfantes pelas últimas horas de tormenta e encontrar o Senhor em paz.[16]
[1] Richard P. Lehmann. “A Segunda Vinda de Jesus”. Em Tratado de Teologia Adventista. George Reid, editor. Tatuí SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011, páginas 989.
[2] Richard P. Lehmann. “A Segunda Vinda de Jesus”. Em Tratado de Teologia Adventista. George Reid, editor. Tatuí SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011, páginas 997-999; Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Nisto Cremos: As 28 crenças fundamentais da Igreja Adventistas do Sétimo Dia. 10ª edição.Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira 2018, p. 419-422.
[3] Charles R. Erdman. “A Vinda de Cristo”. Em R. A. Torrey, editor. Os Fundamentos. São Paulo, SP: Hagnos, 2005, p. 691, 292.
[4] Richard P. Lehmann. “A Segunda Vinda de Jesus”. Em Tratado de Teologia Adventista. George Reid, editor. Tatuí SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011, páginas 999-1004; Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Nisto Cremos: As 28 crenças fundamentais da Igreja Adventistas do Sétimo Dia. 10ª edição.Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira 2018, p. 425-432.
[5] Associação Ministerial da Associação Geral dos Adventistas do Sétimo Dia. Nisto Cremos: As 28 crenças fundamentais da Igreja Adventistas do Sétimo Dia. 10ª edição.Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira 2018, p. 427.
[6] Richard P. Lehmann. “A Segunda Vinda de Jesus”. Em Tratado de Teologia Adventista. George Reid, editor. Tatuí SP: Casa Publicadora Brasileira, 2011, p. 1004-1006.
[7] Ellen G. White. O Grande Conflito, p.559.
[8] Ellen G. White. O Grande Conflito, p.593 e 594.
[9] Ellen G. White. Testemunhos Seletos, volume 3, p. 275.
[10] Ellen G. White. Testemunhos Seletos, volume 2, p. 154.
[11] Fernando Chaij. Preparação para a Crise Final. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007, p. 166.
[12] Ellen G. White. O Grande Conflito, p. 620.
[13] Ellen G. White. O Grande Conflito, p. 311.
[14] Ellen G. White. O Caminho a Cristo, p. 70.
[15] Ellen G. White. Testemunhos Seletos, volume 2, p. 152.
[16] Fernando Chaij. Preparação para a Crise Final. Tatuí, SP: Casa Publicadora Brasileira, 2007, p. 169.