Deus Destrói Pecadores?

Pergunta respondida por Angel Manuel Rodriguez para o site do Instituto de Pesquisas Bíblicas – Associação Geral

Ouço diferentes opiniões a respeito da destruição final do ímpio. É verdade que Deus não os destruirá, mas que eles se autodestruirão?

 

Tendo a evitar responder esta pergunta porque qualquer resposta tende a levar a debates, e não estou interessado em debater. Mas visto que a pergunta parece estar surgindo com mais frequência, permita-me começar dizendo que apenas uma Pessoa experimentou a segunda morte – Jesus Cristo. Eu me aproximarei do tópico através da Sua experiência, mantendo em mente que embora Sua experiência tenha sido aquela do ímpio, ela também foi significativamente diferente.

  1. O Problema: Algumas pessoas creem que o pecado destrói a si mesmo, significando que o pecado traz consigo resultados e consequências específicos que destroem o pecador. Esse é frequentemente o caso. Mas a extinção final do pecado, pecadores, e poderes do mal é alguma coisa diferente. Nesse caso Deus é descrito como estando direta e pessoalmente envolvido. Para alguns isto é um problema porque Deus é descrito como punindo com a morte seres humanos, alguns dos quais aparentemente sofrerão mais do que outros. Para elas, seria melhor sugerir que os pecadores destroem a si mesmos. Eu aceito a declaração bíblica: “um fogo desceu do céu e as devorou” (Ap 20:9, NIV). Reconheço que não compreendo os detalhes dessa ação divina muito estranha.
  2.     Jesus Morreu a Morte do Ímpio: Seria difícil negar que Deus o Pai estava diretamente envolvido na morte de Jesus. A Bíblia atribui a morte de Jesus ao Pai, ao próprio Filho, e às autoridades Romanas e Judaicas.

O fato que o Pai poderia ter salvo Jesus da morte não significa que a morte de Jesus era desejada pelo Pai, isso é dizer que ela correspondia à Sua intenção divina para com o Seu Filho (Jo 12:27, 28). Jesus bebeu da taça do julgamento de Deus (Mt 26:39). O Pai não O poupou (Rm 8:32), mas O Entregou à morte (4:25).

Jesus disse que daria Sua própria vida, e que ninguém tinha poder para tirá-la de Ele (Jo 10:17, 18). Jesus entregou voluntariamente a Sua vida (Mc 10:45; Gl 2:20; Ef 5:25).

Os humanos também estiveram envolvidos na morte do Filho de Deus (Lc 18:32; 22:3; Mc 15:15). O Pai, o Filho, e os humanos estiveram diretamente envolvidos na morte do Filho de Deus. A experiência de Jesus foi levemente diferente daquela que acontecerá com o ímpio. Mas em ambos os casos o indivíduo e Deus estarão envolvidos.

  1.     Jesus Sofreu: Ninguém questiona que Jesus Cristo sofreu intensamente sobre a cruz. O sofrimento foi físico, mas acima de tudo foi espiritual: Ele experimentou o abandono divino tal como nenhum outro ser humano jamais experimentará (Mt 27:46). Ele carregou os pecados do mundo. O ímpio receberá sua recompensa de acordo com suas obras pessoais (Ap 20:13). Isto não é dor auto infligida ou dor imposta sobre eles por Satanás. Deus pessoalmente lhes dará aquilo que eles escolheram como seu destino final durante a vida – morte eterna.
  2. Jesus Entregou Sua Vida: Era necessário que Jesus morresse como o portador de pecado. Ele aceitou a justiça e a justa vontade do Pai para Ele. Na cruz, Ele sofreu até o momento em que voluntariamente entregou Sua vida ao Pai. Visto que Sua morte era parte do plano da salvação, Ele suportou o sofrimento por um período específico de tempo e no momento apropriado entregou Sua vida enquanto clamava: “Está consumado!”

No caso dos ímpios, sua destruição é precedida por seu próprio reconhecimento que eles merecem morrer. Eles dobrarão seus joelhos e proclamarão que Cristo é realmente Senhor (Fp 2:10, 11). Contudo, os ímpios lutarão para entregar voluntariamente suas vidas ao Criador. Permita-me sugerir que a intensidade de seu sofrimento pode estar diretamente relacionada à sua má vontade para entregar suas vidas, que por sua vez está relacionada ao seu egoísmo. Essa atitude pode prolongar seu sofrimento e permitir que cada um experimente o julgamento de acordo com suas obras. Uma vez que eles entreguem suas vidas, a justiça de Deus é vindicada e a existência de eles é apagada para sempre. Então o conflito entre o bem e o mal terminará.

Isso ajuda? (Oops, terminei com uma pergunta!)

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